Está é uma obra de ficção e qualquer semelhança com pessoas, fatos ou locais será mera coincidência. CONTÉM DESCRIÇÃO DE CENAS DE SEXO - não recomendado para menores de idade.
Prologo
(1) O destino é responsável por vinte por cento de tudo o que acontece em nossas vidas. O restante oitenta por cento é conseqüência de nossas decisões. Há quem discorde dessa proporcionalidade, mas não tem como fugir de que parte dos acontecimentos são o resultado de nossas ações e parte resulta do acaso. O que aconteceu naquele dia vinte e cinco de abril de mil novecentos e setenta e cinco, uma segunda feira, não foi resultado de nenhuma ação deliberada, mas com certeza foi por conta do acaso e você, caro leitor ou leitora, há de convir comigo depois de ler o relato que segue. Eu e os pais dela morávamos numa fazenda distante vinte e dois quilômetros de Tupã. Todos os dias eu fazia mo mesmo percurso por uma estrada empoeirada para ir e vir a faculdade de administração. (2) O pai dela, era um sujeito cheio de brio, moreno pardo de mãos calejadas que trabalhava de capataz na fazenda do meu pai e tomava conta do gado. Homem trabalhador, sério e de poucas palavras. Dávamos-nos muitos bem e éramos, sem dúvida, grandes amigos. Ele só destravava a língua prá falar da filha. Quase sempre arrumava um jeitinho de se vangloriar dela, não só por sua formosura brejeira como também pelo fato dela ser uma mulher prendada. Terminara o colegial, estava fazendo um curso de corte e costura e, entre outros dotes, era uma excelente cozinheira. (4) O velho admirava também o futuro genro, um negro de dois metros e cinco de altura, cento e vinte quilos de puro músculo e recentemente aprovado em concurso da policia rodoviária federal. (5) A filha, poucas vezes a vi, mesmo assim, de longe. Quando estava na casa dos pais, raramente saia. Uma ou outra vez nos encontramos na cocheira, tempo suficiente para ve-la de perto. De fato, era uma linda mulher. Morena de cabelos escorridos, seios fartos, quadril largo caracterísitico de boa parideira, pernas longas, cintura fina. Emfim de curvas acentuadas e bem definidas. (6) Nessas raras vezes que nos encontramos trocamos apenas palavras como bom dia ou boa tarde, mas ela, tímida, sempre abaixava os olhos e pedia licença e corria pra casa. Nunca nos foi permitido encompridar a conversa. (7) Meu pai dizia sempre para eu não me meter a engraçado com as filhas dos empregados e, eu o respeitava, por isso, contrariando meus instintos masculinos, mantinha-me afastado dela. Por outro lado, mantinha-me longe dela porque não queria encrencas com seu namorado, um sujeito que dava dois de mim. (8) Naquele final de semana ela ficou na fazenda para os preparativos do seu casamento. Era final de abril e eu sabia que ela estava por lá porque ia se casar no começo de maio, quando das férias do policial. (9) Moça recatada. Embora a tivesse procurado nunca a vi em barzinhos ou pela cidade. Durante a semana, de dia ela trabalhava como secretária da igreja e a noite cuidava da avó, quando não estava estudando.
Capitulo I
(1) Vinte e cinco de abril, seis horas da tarde me preparando para ir à faculdade, já estava dentro do carro quando o pai dela veio me perguntar se podia dar uma carona a filha, pois ela deveria, a noite, provar o vestido de noiva. (2) Meio incrédulo engoli seco. Jamais poderia imaginar que por algumas horas a morena brejeira ficaria ao meu lado, eu e ela e ninguém mais. - Claro! - Disse eu, com o coração batendo mais forte. Não poderia negar um pedido desses a um amigo. (3) Ela chegou trajando uma saia curta e justinha, dessas que tem um abertura e um zipper do lado. A blusa era de renda fechada por apenas três botões. Um sapato alto cujo salto feria a grama e a desiquilibrva. Para entrar no carro, precisou ajeitar a saia que de tão curta e apertada, insistia em deixar à mostra um belo e bronzeado par de coxas. (4) A mãe, de ascendência portuguesa, veio até o carro e vendo a filha com as pernas a mostra deu-lhe uma bronca, sugerindo que trocasse de roupa.. - Isso é vestido que se use? Disse a velha e concluiu olhando consternada para mim – Me desculpe, a minha filha não devia usar essas roupas na frente de uma pessoa séria como o senhor. Alem disso ela é uma mulher praticamente casada! - Não se preocupe que eu nem ligo prá essas coisas!! A morena olhou para mim como quem diz: “Deus tá vendo!” (5) Com o pretexto de que estávamos atrasados, dei logo partida no carro e saímos antes que a velha decidisse fazer a filha trocar de roupa.
Capitulo II
(1) Durante o caminho ela não fez outra coisa senão puxar a saia. Manteve-se de cabeça baixa. Meia hora mais tarde e poucas palavras pelo caminho, parei em frente à casa da costureira e combinamos que nos encontraríamos, por volta das vinte e três horas à porta da faculdade. (20 Quando terminou a ultima aula saí e, coforme o combinado, lá estava ela. Não posso negar que ao vê-la com o namorado uma pontada de ciumes fez meu sangue esquentar. O fato é que eu não tinha sequer esse direito, afinal eram namorados, aliás noivos e iam se casar em poucos dias. Talvez até já vivessem como marido e mulher. (2) O sujeito até que era simpático, de formação religiosa que não permitia maiores intimidades antes do casamento e pelo visto muito respeitador. Num aperto de mão para cumprimentá-lo percebi o quanto o cara era forte e pelo menos uns vinte e cinco centímetros mais alto que eu. (3) Apesar dele ter olhado para mim com uma cara pouco amistosa, o sujeito foi simpático e depois que nos conhecemos melhor ficou sorridente e tivemos um final de conversa pordutiva e até divertida. - Cuida dela pra mim! - Disse ele quando entramos no carro e saímos.
Capítulo III
(1) Pensei no que seria de mim se fizesse alguma coisa e o tirasse do sério. O que eu tinha naquela época de perna o grandalhão tinha de braço. Por isso eu o tratei com urbanidade e a ela com redobrado cavalheirismo, cuidando para não exagerar ou dizer algo inconveniente, mesmo que acidentalmente. (2) Pouco antes de entrar no carro eu o ouvi dizendo para ela, bem baixinho: “- Da próxima vez, venha de calça ou com outro vestido mais decente!” (3) Não dei nenhuma demonstração de intimidades com a morena, até porque não as tinhas. Mesmo assim, se eu fosse ele e a namorada fosse minha, ficaria com a pulga atrás da orelha. Mas se querem saber, eu seria um canalha de tentasse alguma coisa. Sabia que os meus limites não podiam ir alémda carona pra casa.
Capítulo IV
(1) É natural que quando um homem e uma mulher ficam juntos, especialmente sem ninguém por perto, surjam pensamentos voltados à luxurias. Somos civilizados e por isso nos esforçamos para que tais pensamentos não se transformem em atitudes inconvenientes. (2) E foi assim, lutando contra os instintos de macho, que seguimos para a fazenda. Mas foi aí que surgiram coisas que só poderão ser atribuidas como sendo conseqüências do acaso. (3) Quando saímos da cidade as nuvens estavam carregadas e uns poucos relampagos ao longo do horizonte. Já estávamos a um terço do caminho quando despencou uma chuva tão intensa que, em poucos minutos, formou um grande volume de enxurrada desbarrancado a beirada da estrada. (4) Por duas vezes em menos de cinco minutos tive de parar o carro porque não conseguia prosseguir com a visibilidade comprometida. (5) Chovia tanto que o limpador do carro não dava conta de remover a quantidade de água que escorria no pára-brisa. (6) Propus que devíamos voltar para a cidade e passar a noite em um hotel ou com a avó dela, mas ela insistiu para prosseguirmos. Se não chegasse em casa naquela noite sua mãe morreria de preocupação. (7) Eu sabia que, que logo depois do corrego Pitangueiras, mais alguns quilômetros a frente teríamos de passar por um barreiro de mais de trezentos metros de terra vermelha e escorregadia. (8) Corríamos risco de ficar atolados e sem condições de avançar ou retornar. Mas a menina estava disposta a enfrentar fosse o que fosse para chegar em casa naquela mesma noite, e a meu contragosto, prosseguimos. (9) Alguns metros antes do barreiro paramos o carro em uma porção arenosa, desci e, debaixo da chuva torrencial, fui estudar o terreno a frente.
Capítulo VI
(1) Por sorte, antes de nós não havia passado nenhum outro carro, a lama estava ainda firme e por isso, se entrasse com certa velocidade e na marcha certa, chegaria do outro lado sem problemas. (2) Pedi para que ela se apoiasse no painel do carro, já que naquela época ninguém usava cinto de segurança e, confiante nos meus anos de experiência em estradas de terra e lama, pisei fundo. (3) Terceira marcha, o motor roncou alto e foi peerdendo potendia. Terceira marcha, uma roda sobre a lombada e outra na triagem, lama para todos os lados avançamos. (4) Volante firme, com correções rápidas, precisas e vigorosas, avançamos cerca de duzentos metros quando o motor pediu marcha. Passei primeira e acelerei. Esse foi um erro fatal. A traseira derrapou para o lado e senti quando o eixo enterrou na lama. O motor afogou. Creio que entrou água na distribuidor. Nada de partida e o carro atolado, sem uma viva alma por perto para prestar ajuda. (5) Não queria demonstrar mas estava inconformado. Acelerar demais foi o erro. Um erro clássico típico de motoristas inexperientes que jamais poderia ter cometido. Nossa jonrada chegava ao fim, em meio a lama. Devíamos nos confomrar e admiitir que chegara ao fim a nossa façanha de atravessar incólumes os últimos cem metros de lama. Desliguei as luzes para poupar bateria, e ficamos em silêncio por longos minutos.
Cápítulo VII
(1) Talvez se raspasse um pouco da lama sob o carro e o fizesse funcionar pudesse avançar os poucos metros que faltava para sair do atoleiro. (2) Quando tentei abrir a porta percebi o quanto ele estava enterrado na lama. (3) Teria de sair pelo lado do passageiro, mas para isso a morena teria de sair primeiro. (4) Sem se preocupar com a chuva e com o barro, erla tirou os sapatos de salto e enterrou os pés delicados e de unhas bem feita, na lama. - Estamos fudidos! – Disse ela. Dando conta do que disse tapou a boca como quem solta um palavrão quando não devia. Fiz de conta que nem ouvi o que ela disse. - Sabe dirigir? – perguntei. - Não! – respondeu ela prontamente. - Então estamos de fato fu-di-dos! - Acha que vamos passar a noite aqui? Perguntou enquanto escondia os seios já bem aparentes devido a blusa molhada. - Sim! – Respondi - atolados na lama, a menos que uma viva alma passe por aqui com um trator. - Minha mãe vai me matar...! - Não creio. Eles certamente saberão que não chegamos devido a chuva. Amanhã alguém virá ao nosso encontro, com certeza!
Capitulo VII
(1) A chuva não dava trégua e caia vertiginosamente sobre as nossas cabeças e ficava cada vez mais gelada. (2) Um vento forte começou soprar e, para complicar mais ainda qualquer tentativa de alguém chegar naquele lugar, um velho pé de eucalipto tombou interditando a estrada. Raios incendiavam o céu e trovoadas cada mais mais intensas tremiam o solo a nossa volta. (3) Sem me dar conta do gesto ousado, passei o braço por sua cintura e a levei para o carro. (4) Voltamos para dentro do carro e tremíamos de frio. Ela esfregava as mãos e as colocava entre as coxas para aquecer. Acendi as luzes de dentro do carro e vi que sua pele morena estava arrepiada e os lábios roxos. (5) Talvez ela estivesse tremendo mais pelo fato de não prosseguirmos viajem do que propriamente pelo frio que estava sentindo.
Capítulo VIII
(1) A puxei para junto de mim. Com toda sinceridade do mundo, posso afirmar que naquele momento não tive nenhuma intenção de me aproximar maliciosamente da morena. (2) Meu propósito era somente aquecê-la, até porque queria protegê-la de um resfriado justamente nos últimos dias antes do sue casamento. - Creio que se você encostar em mim e eu em você, vamos nos aquecer um ao outro! (3) Ela olhou-me como que espantada com a proposta e depois de alguns segundos, superado o momento de hesitação, encostou-se em mim. (4) Ficamos assim por uns longos minutos. (5) Fui massageando seus braços enquanto ela se aconchegava cada vez mais. (6) Senti quando passou os braços em minha cintura e suas mãos, enfiadas por baixo da camisa molhada, tocaram minhas costas e me apertavam enquanto eu arrumava os seus cabelos ainda molhados. (7) Limpei delicadamente a lama do seu rosto. Seus olhos mudaram de brilho e seus lábios tremiam. (8) Nunca imaginei que passaríamos daqueles poucos momentos de ternura e troca de carinho platônico. Mas, ela levantou os olhos e aproximou seus lábios carnudos dos meus.
Capítulo IX
(1) Seus lábios carnudos, aquecidos e vermelhos era um convite a um beijo que hesitei em dar. (2) Nesses momentos, quando um homem e uma mulher estão sós e é difícil conter nossos impulsos, pensamentos netre o que é certo e o que é errado se intercalam, estabelecendo um conflito sem precedentes. Verbalisei sem querer – Eu não devo fazer isso! (3) Segurando seu rosto com minhas mãos, uma de cada lado forçando seus lábios se aproximarem dos meus, quando ela num instinto selvagem procurou minha boca correspondendo a um prolongado e insaciável beijo. (4) A vontade que tive foi de arrancar sua blusa, rasgar suas roupas e possuí-la como um cavalo a uma égua no cio, mas contive meus impulsos para que nenhum botão faltasse em sua blusa. (5) Delicadamente fui abrindo um a um. Mas a morena, não compartilhando das mesmas preocupações, puxou minha camisa e a abriu arrancando os botões. Depois com movimentos rápidos e precisos tirou a própria blusa. (6) Nossos corpos se entrelaçaram como serpentes e entre um beijo e outro tiramos o que sobrara de nossas roupas.
Capitulo X (1) De repente, sem qualquer aviso, ela abriu a porta do carro e saiu correndo. Seu corpo nu reluzia como bronze iluminado pela luz dos relampagos. (2) Ela corria e bailava nua sob a chuva, já não tão intensa. (3) Acendi os faróis do carro focados naquela silhueta perfeita de mulher dançando a dança do acasalamento. (4) As calças pelos joelhos era o que me impedia de participar daquela dança, e ela acenando me convidava a dançar. (5) Tendo me desvecilhado das calças e dos sapatos enlameados, a persegui num frenético ziguezague. (6) Quando nos encontramos, rodopiamos de lábios colados e a lama lisa, percebendo o que queríamos, nos brindou com um colchão macio. (7) Foi aí que, entre suspiros de prazer e gemidos de dor, perscrutei suas entranhas, que pelo visto nenhum outro homem havia perscrutado. (8) Entre suspiros, gemidos e beijos nos esquecemos de tudo e de todos. (9) Nossos corpos se misturavam e se confundiam com a lama quando, sem qualquer proteção, nossos líquidos mais preciosos se misturaram. (10) Depois caminhamos nus pela estrada aproveitando a chuva para que toda a lama de nossos corpos fosse lavada.
Capitulo XI
(1) Sentamos num tronco de arvore na beira da estrada e, aproveitando os respingos da chuva, lavei seu corpo e ela o meu. (2) Mais uma vez envolvidos na volúpia que tomou conta de nossos corpos, fomos conduzidos a um segundo tempo, mais intenso e mais demorado. (3) Minhas costas na casca dura do tronco a beira do caminho, que serviu-nos de algova, deixou marcas visiveis de um amor incontido, atrevido e clandestino. (4) O prazer da dor. As escoriações em minhas costas deitado nu sobre a casca enrugada daquele tronco de árvore, foi um complemento à sedução. (5) Marcas indeléveis que ficaram por alguns dias escondidas e prova indelével de um amor intenso vivido por conta do acaso. (6) Até hoje guardo na lembrança aquela nítida imagem de mulher, com seu corpo dourado na contraluz dosraios que brilhavam no horizonte, balançando como uma amazonas cavalgando um cavalo selvagem.
Capitulo XII
(1) A chuva já não era mais que esparços respingos envergonhados, um aqui outro ali, quando retornamos para o carro. (2) Um farol brilhou ao longe e foi aos poucos se aproximando. Alguém vinha ao nosso encontro. (3) Foi preciso pressa para vestir as roupas molhadas. (4) O pé de eucalipto atravessado no meio do caminho conspirou ao nosso favor. Foi preciso que o tratorista o removesse puxando-o para o lado. (5) Depois veio atá onde estávamos, vestidos e comportados. Era o irmão dela, um dos tratores da fazenda. - Desconfiamos que pudessem estar atolados então vim para prestar socorro! – disse o irmão ao descer do trator e chegar na janela do carro. - Tentamos a todo custo rapar a lama... olha como estamos! – apressei-me a justificar nosso estado. - Tem muita lama, vocês jamais sairiam daqui sem ajuda! – Enquanto falava passou uma corrente no engate do carro. Em seguida subiu no trator e nos puxou para fora do lamaçal.
Capitulo XIII
(1) Passados pouco mais de uma semana, a morena se casou com o policial militar federal. A vi pela penultima vez na saída da igreja sob uma chuva de arroz, só a reencontrei vinte anos mais tarde.
Capítulo XIV
(1) Vinte anos mais tarde, entrei em um supermercado e a vi, acompanhada de três filhos. (2) Ela me reconheeu e fomos apresentado aos filhos. Um deles, com idade por volta de vinte anos, de pele clara, olhos e cabelos castanhos, e os outros dois, negros, troncudos como o pai, de cabelos encarapinhados. - Mas de onde saiu esse quase loiro? – perguntei olhando para o menino mais velho. - Ele nasceu assim, branco e quando bebe era bem loiro! (3) O policial se aproximou, me abraçou como se fossemos velhos amigos e entrou na conversa para concluir dizendo em tão bastante humorado - Quando ele nasceu achei esquisito, mas o medico nos disse que é um caso geneticamente possível, desde que na minha ou na família dela tivesse algum branquelo...! - E riu. - Minha mãe era portuguesa! A morena falou enquanto abraçava o marido e enconstava a cabeça no peito dele e olhava para mjim com um olhar matreiro e um sorriso quase sarcástico. (4) Percebi o sorriso, mas creio que passou despercebido para os outros. (5) Por um momento aquele olhar matreiro e aquele sorriso malicioso, fez meu coração gelar. (6) Pela cor dos olhos, dos cabelos e idade, podia até jurar que o menino era filho meu, mas enfim, estava tudo esclarecido. Tratava-se apenas de um caso, geneticamente explicado.