O VERDADEIRO PAPAI NOEL EXISTE E EU POSSO PROVAR!...
Creio que já passava das dezenove horas do dia vinte e cinco de novembro, quando aquele homem, trajando um terno azul celeste, camisa branca, sapatos pretos brilhantes, cabelos grisalhos e barba por fazer, entrou no meu escritório. Aparentava ter mais ou menos setenta e cinco anos de idade, era muito magro, olhos azuis e ligeiros. Estava visivelmente assustado e aparentemente com pressa. Olhou para os lados e fechou a porta atrás de si. - O doutor pode-me atender? Odeio quando me chamem de doutor, mas enfim, são coisas que não podemos evitar. Esbocei um sorriso como sempre faço e o recebi com cordialidade. - Sim, por favor, sente-se. Em que posso servi-lo? - Eu preciso que o senhor me defenda perante um juiz, para provar que eu sou eu, o verdadeiro Papai Noel. Gostaria, no entanto que a imprensa ficasse afastada e que esse fato não viesse a público por razões que o senhor logo entenderá...! - "Meu Deus, livra-me desse maluco!" – Pensei naquele momento, afinal já havia passado por semelhante constrangimento. Creio que em finais de ano, já recebi em meu escritório um cem numero de pessoas se dizendo Papai Noel, o verdadeiro. Seja lá como for não cabe ao advogado julgar ninguém e guardar suas impressões e opiniões para si. Naquele homem havia algo de especial que me impediu adiantar qualquer opinião. Não me pareceu louco e suas palavras soaram com tanta convicção que decidi dar atenção a ele. Como faço rotineiramente com todos os meus possíveis clientes, apanhei uma ficha de acompanhamento para anotar tudo o que me fosse dito. Comecei então a coletar dados: - Nome, por favor?... - Nicolau Nicolai “Yannovick”! - Nacionalidade? - “Polonês”! - Estado civil? - Viúvo! - Profissão?... Desculpe, não vale Papai Noel!... - Agricultor!... - Um momento... O senhor ao chegar aqui me disse ser Papai Noel, e agora me diz que a sua profissão é agricultor. Pelo que me consta Papai Noel é fabricante de brinquedos! - O doutor também anotou minha nacionalidade como “Polonês”, e eu disse Polonortês. Ah! “Yannovick” se escreve com “Z” Zannovick! Amassei a ficha de acompanhamento de causas e joguei fora. Seria pura perda de tempo. Decidi guardar tudo de memoria, ao invés de fazer anotações. Recostei-me na cadeira e pedi que me contasse, em detalhes, os motivos que o levava a acreditar ser o verdadeiro Papai Noel. Calmamente levantou-se, foi até a janela que dava uma visão ampla de quase toda a cidade, fitou-a por alguns segundos, vendo os carros e as pessoas que passavam pela avenida, depois virou-se e andando de um lado para outro da pequena sala, começou a falar: - Se o doutor prestar atenção verá que esse Papai Noel que todos acreditam ser o verdadeiro, é falso. Veja pelos trajes ridículos que usa. Quem em sã consciência sairia às ruas, altas horas da madrugada vestindo um pijama de frio vermelho e touca de dormir, em pleno verão, invadindo as casas para presentear crianças que foram boazinhas, obedientes aos pais, tiraram boas notas na escola e se comportaram como verdadeiros alienados ou imbecis durante o ano todo? - Ora! – Respondi - Desde que me conheço esse foi sempre o Papai Noel. Ele se veste assim porque veio do polo norte e lá é muito frio. - Engana-se doutor. Ele se veste assim porque o contrato com seus patrocinadores exige que seja visto como essa figura mítica, que chama atenção para que possam vender os seus produtos, especialmente brinquedos, na véspera do Natal. - Faz sentido. – Retruquei – Afinal, que melhor forma de atrair as crianças senão com uma roupa chamativa, digamos ridícula, como o senhor mesmo disse, mas que já se tornou um ícone mundial? - Um ícone do consumo desenfreado, desnecessário e pernicioso, em que o lucro é o único motivo para sua existência a tantos e tantos anos. Já pensou em quantas crianças ao redor do mundo, se esforçaram para serem boazinhas, e no Natal não ganham presentes porque seus pais são pessoas que vivem abaixo dessa tal linha da miséria? - E como penso. Se pudesse compraria brinquedos para essas crianças, mas os brinquedos são tão caros que mal posso dar às minhas filhas! - Pois bem doutor. Esse falso Papai Noel, não fabrica brinquedos, ele apenas cede suas patentes para os fabricantes e ganha rios de dinheiro recebendo royalty. Com metade do que recebe daria pra distribuir presentes para crianças pobres do mundo todo. - Bom, mas ele deve pagar muito bem as pessoas que o ajudam na criação desses brinquedos, deve gastar fortunas para patenteá-los em muitos países, além de polpudas comissões para as pessoas que as negociam com os fabricantes. - Engano seu meu bom homem, mas inocente advogado. Esse falso Papai Noel não paga nada a ninguém. Mantém um contingente de trabalhadores escravos que fazem todo o trabalho a troco da comida e da roupa que vestem. Pra se ter uma vaga ideia de como é por lá, muitos dormem no próprio local onde trabalham porque não tem onde morar. Férias, descanso semanais ou horas extras são palavras proibidas. A esse ponto os olhos brandos do bondoso homem, ficaram vermelhos, estampando a indignação com os métodos desumanos atribuídos ao que chamava de falso Papai Noel. Ofereci-lhe um copo de água e pedi que se acalmasse, para que pudéssemos continuar. Ele pegou o copo, tremulo, bebeu com certa agitação. Parte da água escorreu pelo canto da boca molhando a barba. Com a manga da camisa, enxugou-se. Olhou para um crucifixo que ficava atrás de mim e comentou apontando-o com o dedo: - O dia vinte e cinco de dezembro é a data em que se comemora o dia do nascimento de Jesus, o Cristo, mas o falso Papai Noel vem se tornando mais popular do que o verdadeiro anfitrião da festa. Tive de concordar – É verdade. Ninguém mais dá tanta importância a essa data como sendo atribuído ao nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas como sendo a data de dar e receber presentes! Por três vezes, Nicolai esmurrou o apoio de braço da cadeira, respirou fundo, quis me dizer alguma coisa, mas preferiu calar-se. Recompôs-se e continuamos em tão mais calmo e focado no propósito daquela reunião. Por poucas vezes, tentando ser mais convincente, elevou a voz, contendo-se em seguida. - Eu sou o verdadeiro Papai Noel, durante muitos anos o safado do meu irmão, por não concordar com os meus métodos, me manteve preso naquela ilha distante, enquanto amealhava fortuna. Hoje eu, o verdadeiro Papi Noel, sou totalmente desacreditado. Veja, faz quase meia hora que cheguei aqui e ainda não o convenci de que eu sou eu! - Senhor Nicolai, entenda. É próprio do advogado não se deixar levar pela conversa do seu cliente até que tenha as provas que comprovem a veracidades dos fatos. Se o senhor diz ser o verdadeiro Papai Noel, terá de me provar. Uma vez provado a mim, com certeza farei prova disso diante de qualquer juiz. Então ele se virou e apontou o dedo em riste, quase tocando o meu nariz e me disse em tão de áspero: - Provas... O senhor quer provas? Pois bem, darei as provas de que precisa, mas terá de me acompanhar até a ilha aonde vivo em meu cativeiro! Ele estava me propondo deixar a segurança do meu escritório no quinto andar do edifício cinquentenário, para acompanhá-lo até seu suposto cativeiro numa ilha? Não tive dúvidas. Conclui que se tratava de um mais um louco acreditando ser Papai Noel. Todo advogado sabe que diante de um CID 13, é preciso calma. Eles podem ser louco o que não significa que sejam burros. Durante as aulas de medicina legal, fomos orientados a não contradizer pessoas assim, porque podiam se tornar violentas. - "Calma..." – pensei - "vou fingir que aceito tudo o que ele disser ou mandar fazer até ter a chance de me comunicar com a equipe especializada!" Concordei que iriamos até a ilha onde ele fora mantido em cativeiro. Minha intenção era chegar aportaria, dar uma desculpa qualquer de que tinha esquecido importantes documentos no escritório. Voltava para apanha-los e nisso telefonaria para o hospital psiquiátrico local, de onde ele deveria ter fugido. Ao entrarmos no elevador, invés dele aperta o térreo, apertou o décimo quinto andar e o elevador começou a subir. - Por que, cargas d’água, estávamos subindo e não descendo? Por outro lado – pensei – subir seria até melhor. Com o elevador parado no ultimo andar, ele não teria para onde fugir até que o pessoal do resgate chegasse para recolhê-lo. Mas, ao abrir a porta, ele ficou atrás de mim e praticamente em direção à escada que dava acesso ao topo do prédio. Tentei persuadi-lo de que tinha medo de altura e tentei voltar. Ele viu em meus olhos que eu estava mentindo, sorriu e disse – Suba! A porta do elevador fechou e não tive alternativa a não ser subir a escada. Senti medo. Diante do último degrau uma porta nos separava do mundo exterior a quarenta e cinco metros do chão. No alto do prédio além de uma torre de transmissão de rádio, havia uma marquise de meio metro a nos proteger, o que não significava muito. O sujeito era corpulento e bem forte. Enfrenta-lo no corpo a corpo, tendo um parapeito de cinquenta centímetros como proteção e perder o controle naquele momento não seria boa opção. Uma queda dessa altura seria fatal. Meu coração acelerou e comecei a transpirar. Tenho pavor de altura. O velho Papai Noel, ao meu lado segurando-me pelo braço, abriu a porta e tive a mais inusitada e deslumbrante surpresa. Minhas pernas começaram a tremer e a voz ficou embagada. Quase perdi o folego, olhando com surpresa. Era impossível acreditar. - O doutor queria provas? – Disse sorrindo - Aqui estão as primeiras! O velho homem, que se dizia o verdadeiro Papai Noel, estava visivelmente feliz, seus olhos brilharam e, pela primeira vez desde quanto chegou ao meu escritório, vi seu rosto descontraído, um sorriso largo e um semblante de tranquilidade de paz nunca visto em homem nenhum. Eu não podia acreditar, mas no topo do prédio, tendo chegado lá não sei como, um trenó vermelho reluzente, todo cravejado de pedras semipreciosas, atrelado a seis garbosas renas era a coisa mais linda e indescritível que eu já tinha presenciado na vida. Ele acariciou cada rena e falou com cada uma delas que parecia entendê-lo, depois me pediu que tomasse acento ao seu lado. Deslumbrado com o que via, até me esqueci de que estávamos no topo de um dos prédios mais altos da cidade. Nem questionei como sairíamos de lá montados naquela fantástica geringonça. Assim que nos acomodamos, as renas empinaram e saímos flutuando rumo ao norte. Olhei para o relógio de pulso e registrei a hora. Dezenove horas de vinte e dois minutos. As pessoas continuavam caminhando pelas ruas alheias ao que estava se passando a poucos metros de suas cabeças. Estranhamente ninguém nos via. Voamos por alguns minutos ao lado de um avião e nem sequer fomos notados. Senti que o trenó ganhava cada vez mais velocidade e, em poucos segundo, a paisagem verdejante deu lugar ao gelo misturando-se ao azul do oceano polar. Baleias nadavam tranquilamente em meio aos enormes blocos de gelo e um barco de pesca navegava tranquilamente entre os icebergs. A luz do Polo Norte é amena, parece até um eterno entardecer. Contrastando com a branca neve e o azul do mar, uma cortina de luz multicolorida bailava a nossa frente como que separando-nos deste mundo para um totalmente saído de um conto surrealista. É a tal aurora boreal. O frio já começava a ficar insuportável. Em pleno século vinte e um, o bom velhinho podia usar um avião pressurizado e não aquela geringonça aberta. Meus dentes começaram a ranger involuntariamente. Mas alguns minutos e eu teria uma hipotermia. Papai Noel, retirou um pesado casado e me deu para vestir. De onde ele o tirou eu não sei, só sei que estava em suas mãos quando o deu para eu vestir. O casaco era bem quente, em poucos minutos já não sentia mais frio. Ele olhou para mim, puxou as rédeas e diminuiu a velocidade do trenó, iniciando o procedimento para pouso. Até então não aviamos trocado uma palavra. - Este trenó e as renas são do meu irmão, eu os peguei emprestados depois de subornar um de seus empregados, mas tenho de devolvê-los antes que perceba que fugi da ilha. É aqui que ele me mantem cativo. Cuido das suas renas e das minhas plantações. Tá certo que tenho tudo o que preciso, mas na noite de natal, fico esperando o dia amanhecer, sem ver um sorriso sequer no rosto de uma criança. Enquanto aquele senhor de cabelos grisalhos e barba por fazer, falava comigo, comecei a questionar minha própria senilidade. Aquilo podia ser apenas um sonho, mas se fosse sonho era bem real e atual. - Aperte o cinto! – disse Papai Noel – Vamos pousar! - Por alguns minutos baixamos e voamos rente ao solo gelado. Pedaços de gelo se desprendiam quando os cascos das renas tocaram o chão e respingos de gelo acertaram em meu rosto. Embora o céu estivesse mais para um entardecer a claridade na superfície era intensa, mas a luz não me ofuscava. Papai Noel se orientava por uma buçala, até que chegou um momento em que a agulha do aparelho ficou totalmente desnorteada, girando sem parar, foi quando, em meio a uma espessa névoa, pousamos. - Aqui é o marco zero. O ponto onde todos os meridianos se encontram. Se você ficar parado verá que de onde estamos a rotação da terra parece ser bem maior. (Por uns intente olhei para o céu e não me pareceu que a terra girasse com mais velocidade, mas enfim, se ele que mora lá assim diz, eu devo acreditar). Ao colocarmos os pés no chão, o gelo começou a desaparecer e a paisagem gelada a se transformar em um lindo oásis de palmeiras, flores de todas as variedades e pássaros de espécimes inimagináveis, cachoeiras, rios e lagos de água cristalina podiam ser vistos por todos os lados e, no centro de tudo isso, algumas árvore como se fossem pés de pinho, mas no lugar dos frutos, viam-se cintilantes luzes coloridas. - Veja você mesmo – disse Papai Noel – sou agricultor como disse em seu escritório, porque sou eu quem cultiva essas árvores mágicas! - Árvores mágicas, como assim? - Olhe esta aqui, é a árvore da felicidade, aquela ali da alegria, esta outra da saúde e assim por diante, cada uma produz o fruto de luz segundo a sua espécie! Aquelas árvores se pareciam muito com os pinheiros de Natal, com suas bolas de vidro cintilantes e multicoloridas. Lembrei-me, de que ele falou da árvore da saúde. Minha filha de cinco anos já havia tempo tinha febre intermitente. Segundo os médicos ela fora acometida de uma doença rara para a qual não descobriam remédios. Contei esse fato ao Papai Noel, e ele então me disse que eu podia colher o meu presente antes do Natal. - Ah! A fruta da saúde são as primeiras que amadurecem antes do Natal, sendo assim, creio que você mesmo possa colher uma delas pra sua filha! Conduziu-me até a árvore da saúde. Apanhei uma daquelas frutinhas de luz, de um brilho intenso, amarelo ouro e a coloquei no bolso do paletó. No caminho de volta pra casa, ele me contou que seu problema com o irmão, resultava do fato de que ele, o verdadeiro Papai Noel queria levar amor, fraternidade, saúde, alegria, paz, felicidade, distribuindo as frutas daquele pomar mágico, enquanto o irmão dizia que as pessoas querem tudo isso mas não valorizam nada disso, preferindo os presentes que são fabricados nas oficinas espalhadas pelo mundo. Amor, fraternidade, saúde, alegria, paz, felicidade, são presentes que poderiam tê-los de graça, mas preferem aqueles que o dinheiro compra. No fundo, no fundo preferem ostentar o poder de compra, a ideia que podem mais uns que os outros. Dentro das próprias famílias ocorrem essas disputas vãs e desnecessárias, mera satisfação de seus egos doentios. Satisfazem-se em ver seus filhos com brinquedos mais caros que os de seus parentes ou conhecidos. Participam de uma fútil competição em que o prêmio é o efêmero prazer de saber que deu e seu filho ganhou o presente mais caro do ano. Papai Noel, estava revoltado, e creio que com razão. Eu mesmo já havia presenciado isso em muitas famílias e amigos, no entanto, mantive-me calado sem apoiar ou contraria-lo. Quando subimos no trenó para voltarmos, a névoa nos cobriu novamente. Em poucos minutos descemos no mesmo lugar de onde partimos. Olhei para o relógio de pulso que marcava dezenove horas e vinte e dois minutos. Estranho como o tempo não havia passado. Talvez por isso as pessoas nãos nos vissem. Mesmo depois de ter voado milhares de quilômetros a centenas de metros de altura, ficar ali naquela laje do prédio a poucos metros do chão me esfriava a barriga. Devolvi o casaco ao Papai Noel e lhe prometi estudar o caso. Depois lhe daria uma resposta. Não queria esperar a meia noite do dia vinte e quatro de dezembro para entregar o presente a minha filha. A saúde dela era mais importante que o presente mais caro do ano. Mal cheguei à minha casa, tirei a luz do bolso e lhe entreguei como presente antecipado de Natal. Aquilo tudo não podia ser sonho, a luz estava ali, no meio bolso como prova de que estive com Papai Noel no polo norte, naquele entardecer do dia vinte e cinco de novembro. Entreguei-a à minha filha. Ela a segurou entre os dedinhos delicados, sem saber exatamente o que seria e sorriu. Sorriu o sorriso mais lindo do mundo e o amarelo ouro escapando por entre seus dedos a envolveu e, por um instante, ela se transformou na própria luz. A febre baixou e uma semana depois os médicos, acreditando que os remédios surtiram os efeitos esperados, suspenderam o tratamento e lhe deram alta. Um dia antes do Natal o meu cliente, que dizia ser o verdadeiro Papai Noel, me telefonou perguntando sobre seu processo. Respondi que, pelas leis brasileiras nada podia ser feito, já que o Polo Norte não faz parte de nossa territorialidade, mas que tinha enviado uma carta à Organização das Nações Unidas, ainda sem resposta. Eu ainda acredito que um dia teremos resposta. Quem sabe consideraram a história muito fantasiosa para merecer qualquer atenção. Reiterei o pedido várias vezes e creio que todas as cartas tiveram o mesmo destino da primeira. Ainda espero um parecer da ONU para dar continuidade ao caso Quando à minha filha, cresceu forte e sadia, graças ao presente que recebeu do verdadeiro Papai Noel. Creio que Deus o tenha conduzido até mim com um propósito maior do que simplesmente provar que o verdadeiro Papai Noel existe. Vinte e cinco anos se passaram e eu não contei esta história a mais ninguém, mas é chegado o momento de divulga-la ao mundo para que todos saibam que o verdadeiro Papai Noel existe. FELIZ NATAL E UM ANO NOVO ABENÇOADO A TODOS!!! ........................................................................................................................................ Antonio Emilio Darmaso Eredia - Tupã-SP, 25 de novembro de 2012 - 17hs e 14min. (Horário de Verão) Papai Noel existe para Meu Livro On line. - Fica autorizada a reprodução total ou parcial deste texto, condicionada a citação da fonte e o nome do autor. ........................................................................................................................................ |